SOU DO CEARÁ


"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."

Patativa do Assaré

terça-feira, 31 de maio de 2011

ENTREGA DO PRÊMIO GANDHI DE COMUNICAÇÃO 2011

" Prêmio Gandhi de Comunicação 2011 foi entregue em solenidade na FIEC "
FOTO: DIVULGAÇÃO




PROF. SOUTO PAULINO
PRESIDENTE DA AGÊNCIA DA BOA VONTADE
FOTO: DIVULGAÇÃO





" Em noite de festa, a Agência da Boa Notícia fez a entrega do Prêmio Gandhi de Comunicação 2011 nessa segunda-feira (30), no Auditório Waldir Diogo, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). Na ocasião, realizou o Fórum Comunicação e Paz na Natureza. Na categoria Profissional/Jornalismo Impresso, venceu Ana Mary Carneiro Cavalcante (O Povo); Profissional/Telejornalismo ficou com Sabrina Kelma de Aguiar Tomaz (TV Verdes Mares); na categoria Profissional/Radiojornalismo, Liduína Saraiva (Rádio Jangadeiro); Profissional/Publicidade e Propaganda, o prêmio foi para Marina Moraes (Agência Mota Comunicação). Entre os estudantes, o prêmio de Publicidade foi para Daniel Silva Barbosa (Faculdade Católica do Ceará); Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Comunicação Social teve como vencedor João Moreira Rocha Sobrinho (Universidade Federal do Ceará); na categoria Trabalho de mídia impressa de estudante de Jornalismo, quem venceu foi Andréa Nunes de Carvalho Pinto (Universidade de Fortaleza); Trabalho de mídia eletrônica de estudante de Jornalismo, o ganhador foi Miguel Anderson da Costa Ferreira (Faculdade 7 de Setembro).



O Presidente da Agência da Boa Notícia, jornalista e professor Francisco Souto Paulino, afirma estar satisfeito com a participação de profissionais e estudantes no concurso. “A cada ano verificamos a profundidade das pesquisas dos trabalhos inscritos e com cuidado muito mais acentuado, visando ao bem-estar da sociedade”.



O Prêmio Gandhi de Comunicação foi instituído pela Agência da Boa Notícia com o objetivo de estimular a produção de trabalhos nas áreas do jornalismo e publicidade que mostrem o que de bom a sociedade produz, gerando harmonia e transformando a vida para melhor. Na edição 2011 do Prêmio Gandhi, foram inscritos 73 trabalhos, sendo 32 de profissionais de rádio, TV, jornal impresso e publicidade; e 41 de estudantes de jornalismo e publicidade. A premiação nas categorias profissionais é de R$ 5 mil para cada autor e nas categorias de estudantes o prêmio para cada vencedor é de R$ 2,5 mil.





Veja a relação completa dos ganhadores e das matérias premiadas:

FOTO: MARCOS CAMPUS - JORNAL O POVO
" Ana Mary C. Cavalcante venceu na categoria Jornal Impresso "


Profissional - Jornalismo Impresso
Autor: Ana Mary Carneiro Cavalcante
Matéria: O Amor e a AIDS (publicada no período de 7 a 9 de novembro de 2010)
Veículo: O Povo



FOTO: TUNO VIEIRA - DIÁRIO DO NORDESTE
" A assessora do BNB, Angélica Paiva, entrega o prêmio
 à produtora Eulália Camurça e à repórter Sabrina Aguiar,
da TV VERDES MARES " 





Profissional - Telejornalismo
Autor: Sabrina Kelma de Aguiar Tomaz
Matéria: “Série: Prosa da Paz” (veiculada de 21 a 23 de fevereiro de 2011)
Veículo: TV Verdes Mares

Profissional - Radiojornalismo
Autor: Maria Liduína Saraiva Moreira
Matéria: Cultura de Paz no Futebol – Série de Reportagens (veiculada nos dias 5 e 6 de maio de 2011)
Veículo: Rádio Jangadeiro

Profissional - Campanha ou peça publicitária
Autor: Marina Moraes
Matéria: Sexo Seguro – campanha out-door (veiculada em fevereiro de 2011)
Veículo: Agência Mota Comunicação

Estudante - Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Comunicação Social
Autor: João Moreira Rocha Sobrinho
Título: Nascidos para Salvar (apresentado em 1º e3 dezembro de 2010)
Instituição de Ensino Superior: Universidade Federal do Ceará - UFC

Estudante - Trabalho de mídia impressa de estudante de Jornalismo
Autor: Andréa Nunes de Carvalho Pinto
Matéria: Pirambu: além do que se vê (veiculada no Jornal Sobpressão)
Instituição de Ensino Superior: Universidade de Fortaleza - Unifor

Estudante - Trabalho de mídia eletrônica de estudante de Jornalismo
Autor: Miguel Anderson da Costa Ferreira
Matéria: Centro Cultural Bom Jardim: Na luta pela transformação social
Instituição de Ensino Superior: Faculdade 7 de Setembro

Estudante - Trabalho de estudante de Publicidade & Propaganda
Autor: Daniel Silva Barbosa
Título: Campanha (anúncio cartaz) Todos Iguais
Instituição de Ensino Superior: Faculdade Católica do Ceará

Não houve inscritos na categoria Profissional/Fotojornalismo (foto/ensaio).

O Prêmio Gandhi de Comunicação 2011 conta com o patrocínio do Banco do Nordeste, Servis, Assembleia Legislativa do Ceará, Fundação Beto Studart, Corpvs, Estação da Luz, Sebrae-Ceará, Betânia, Unimed-Fortaleza, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

Como apoiadoras estão as seguintes empresas e entidades: Igenio, Associação Cearense de Imprensa, Universidade Federal do Ceará, Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará, Sindicato das Agências de Propaganda do Estado do Ceará, Associação Cearense das Empresas de Rádio e Televisão do Ceará, UNICEF, Unipaz-Ceará e os jornais O Estado, O Povo e Diário do Nordeste."



O FÓRUM


" Fórum Comunicação e Paz na Natureza: uma aula de Comunicação e Ecologia "

FOTO: DIVULGAÇÃO

" Com o objetivo de promover uma reflexão sobre o papel da mídia para harmonizar as ações dos seres humanos com o meio ambiente, a Agência da Boa Notícia realizou o Fórum Comunicação e Paz na Natureza. A Profª Ilza Girard, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e integrante do Núcleo de Ecojornalistas/RS fez palestra sobre o tema central do encontro. Em seguida houve debate com a participação da Profª. Vládia Pinto Vidal, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal do Ceará (UFC), e dos jornalistas Edgard Patrício (O Povo e Agência Catavento) e Maristela Crispim (Diário do Nordeste). O moderador foi o jornalista e diretor da ABN, Moacir Maia.

" A realidade clama por transformações na nossa vida para que possamos selar a paz com a natureza. Este processo inicia pela pacificação da nossa relação com a nossa própria natureza e o retorno à percepção de que também somos seres da natureza ", disse a Profª Ilza Girardi, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na palestra que proferiu no Fórum Comunicação e Paz na Natureza, promovido na noite dessa segunda-feira, no Auditório Waldir Diogo da Federação das Indústrias do Estado do Ceará. No evento, promovido pela Agência da Boa Notícia, foi feita a entrega do Prêmio Gandhi de Comunicação 2011.

Para o público que compareceu à solenidade foi uma oportunidade de assistir a uma aula sobre Comunicação e Ecologia. A Profª Ilza Girardi, que introduziu a disciplina Jornalismo Ambiental no Curso de Comunicação da UFRGS, debateu o tema do Fórum com a Profª. Vládia Pinto Vidal, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal do Ceará (UFC), e os jornalistas Edgard Patrício (O Povo e Agência Catavento) e Maristela Crispim (Diário do Nordeste). O moderador foi o jornalista, professor universitário e diretor da ABN, Moacir Maia.

A Profª. Ilza, uma das fundadoras do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, explicou que o jornalismo ambiental surgiu da vontade de transformar o mundo. “A natureza passou por um processo de exclusão e é preciso fazer a reconexão dos seres humanos com a teia da vida para que se sintam integrados à natureza”.

Ela comentou que é como se atualmente existissem dois mundos paralelos. Em um estão as pessoas que vêem os problemas e buscam soluções que beneficiem a todos. Em outro, predomina a “cegueira intelectual e ética”, onde as pessoas só conseguem enxergar o lucro, mesmo à custa da degradação ambiental. Um exemplo de desserviço à natureza, para ela, foi a aprovação do novo Código Florestal, pela Câmara dos Deputados.

No processo de mudar esse quadro, os profissionais da comunicação têm muito a contribuir, na visão da professora e jornalista. “A Publicidade e as Relações Públicas devem assumir outra lógica de forma a não estimular o consumo e não projetar empresas e produtos que causem danos ambientais”, disse. Um desafio ainda maior se coloca para o Jornalismo que, segundo Ilza,“deve descolar-se dos interesses econômicos que comprometem a qualidade do exercício profissional.” O que parece uma utopia possível pode, segundo ela, começar na formação universitária.

Ilza falou do desafio que foi incluir a disciplina Jornalismo Ambiental na grade curricular do curso de Jornalismo em sua Universidade. “São pequenas mudanças que precisam ser ampliadas”.disse.

Em sua intervenção no debate, a jornalista Maristela Crispim destacou que são iniciativas como a ocorrida na UFRGS, o trabalho de entidades como o do Núcleo de Ecojornalistas e da Agência da Boa Notícia ao promover o Fórum e o Prêmio Gandhi, que as mudanças vão ocorrendo. Foi a partir da militância ambiental, que Maristela diz ter tomado gosto e se tornado uma profissional da comunicação comprometida com as questões ligadas ao meio ambiente. Em sua página Gestão Ambiental no DN, ela diz que busca oferecer uma perspectiva propositiva para a questão, “mas muitas vezes é preciso também denunciar”.

A Profª Vládia Pinto, que no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente viu passar muitos jornalistas em busca de uma formação na área ambiental, que não receberam na graduação, colocou que é preciso levar à sociedade essas questões em uma linguagem clara.

Questionamento nesse sentido foi feito pelo jornalista Edgard Patrício. “Precisamos ser jornalistas generalistas ou especialistas em meio ambiente?”. Como ligar com os discursos que aparecem na mídia, lembrou ele. Ressaltou que as notícias falam da instalação de uma siderúrgica na Ceará movida a usina termelétrica [poluente], associando com a idéia de geração de empregos.

Diante dessas colocações, a Profª Ilza Girardi advertiu: “estamos falando da necessidade de mudanças” e citando o jornalista Washington Novaes, destacou que o jornalista precisa mudar a partir de sua própria vida. “O desequilíbrio ecológico começa em casa e nele mesmo - fumar demais, comer demais”. Ela defende que o jornalista deve ter formação na área ambiental, mas não necessariamente de forma tão específica e sim para ter um outro olhar e entender que a questão ambiental é uma outra racionalidade que precisa suplantar a racionalidade econômica."



FONTE: AGÊNCIA DA BOA VONTADE








boanoticia@boanoticia.org.br

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