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" Em 2010, governo usou só 30% da verba de combate ao crack e atrasou projetos "
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Exclusivo
" Dados oficiais revelam que o programa anunciado com orgulho por Lula e Dilma tem sérios problemas de gestão "
Adriana Caitano
" Dados do Siafi indicam que somente 29,65% dos 410 milhões liberados para o enfrentamento do crack foram executados em 2010. O restante foi para os restos a pagar de 2011. (Clique para ver a imagem ampliada)Em maio de 2010, há exatamente um ano, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, diante de uma plateia de mais de mil prefeitos, um programa que iria revolucionar o combate a um dos problemas que mais preocupam os brasileiros atualmente: o crack. Para prevenir o avanço da droga que se alastrou pelo país e tratar dependentes, Lula lançou com euforia o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, que teria 410 milhões de reais do orçamento à disposição para ações administradas por dez ministérios no mesmo ano. O assunto foi uma das principais bandeiras da presidente Dilma Rousseff quando era candidata. Ela dizia, com orgulho, que ampliaria o alcance do plano. Na teoria, tudo muito animador. Na prática, porém, a situação é constrangedora.
Dois meses após ser criado o plano, o governo editou uma medida provisória, depois transformada em lei, abrindo crédito extraordinário que encaminhava os 410 milhões de reais para os órgãos que coordenariam o programa. O Fundo Nacional Antidrogas (Funad) ficaria com 100 milhões de reais, o Ministério da Justiça com 120 milhões, o Fundo Nacional de Assistência Social (Fnas) com outros 100 milhões e o Fundo Nacional de Saúde com os 90 milhões restantes. Esses valores deveriam ser gastos em 2010 com projetos e convênios já programados.
Confiante no que sobrou de 2010, governo zerou Orçamento de 2011. (Clique para ver a imagem ampliada)Dados oficiais a que o site de VEJA teve acesso apontam que o governo deixou de empenhar (direcionar para projetos) 33,3 milhões de reais do crédito de que dispunha, a verba teve que ser devolvida para o Tesouro Nacional. Pior: somente 121,5 milhões de reais - 29,65% do total empenhado - foram executados em 2010, ou seja, utilizados efetivamente em convênios do Plano Integrado. Os 255,1 milhões de reais que “sobraram” do orçamento de 2010 foram incluídos nos restos a pagar (despesas autorizadas que não são efetuadas no mesmo ano fiscal) de 2011."
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FONTE: SITE DA REVISTA VEJA
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/em-2010-governo-usa-so-30-da-verba-de-combate-ao-crack
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