SOU DO CEARÁ
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Patativa do Assaré
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Patativa do Assaré
sábado, 10 de dezembro de 2011
POESIA CEARENSE: AURIBERTO CAVALCANTE
MANJEDOURA INDUSTRIAL
Os sinos mumificados
não badalam mais
só resta a exploração
capitalista
os sinos mumificados
não badalam mais
só resta a guerra
o enriquecimento
das multinacionais
regado
com
o suor
do operário
semivivo
seminu
semimorto
na manjedoura industrial
produzindo
o
consumo
de mais um Natal.
AURIBERTO CAVALCANTE
IN: " BERROS " - PÁG. 83 - 1999
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