SOU DO CEARÁ


"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."

Patativa do Assaré

domingo, 4 de dezembro de 2011

" ARRANJOS ELEITORAIS "



Artigo

" Arranjos eleitorais "



Por Antonio Mourão avalcante

Fonte: O POVO Online/OPOVO/Opinião


" São cada vez mais evidentes as manobras de bastidores em relação à sucessão municipal. As molduras estão prontas. Falta só providenciar os retratos.

Fica evidente que, no momento, a maior importância é o nome. Qual é o “cara”. Não se faz referência alguma a programa, a princípios administrativos, as opções e prioridades que se deseja assumir. Importa o nome e a foto. Nem mesmo a sigla partidária tem valor. Vê-se interior a fora, igualmente, uma dança macabra de letras partidárias e alianças espúrias.

Isto é, no Brasil inteiro, estamos querendo construir uma democracia onde o povo funciona apenas como decoração. Somos coadjuvantes. Figurantes de uma novela sem enredo. Não vamos eleger, no sentido mais largo de escolher: estabelecer diferenças, marcar conflito e debate. Vamos simplesmente homologar o que os sábios (ou sabidos?) donos das letrinhas partidárias estão - agora – negociando entre eles.

Depois, na campanha, basta algumas tapinhas nas costas dos mais otários, dinheiro na mão de cabos eleitorais - tão ou mais cretinos quanto os próprios políticos – e pronto!

Esses candidatos de proveta ou aqueles nascidos de barganha leiloeira devem ser rejeitados. Fortaleza não pode aceitar que um grupo de oportunistas faça acordos espúrios, dividam fatias do governo – secretarias e autarquias – como os marginais repartem um assalto. Não. Fortaleza rejeita esse tipo de política. Não bate com sua história heróica e resistente.

Eu acredito exatamente no contrário. Uma campanha deveria começar com a pergunta: o que somos e o que desejamos? Como podemos melhorar a vida nessa cidade? O que nos falta? Como podemos resolver esses problemas mais urgentes?

Daí, progressivamente, nós íamos tirando diretrizes e assumindo compromissos. Dessas linhas nasceria o desejo de construir algo de novo. Uma nova cidade. Então, o candidato surge dessa discussão. Emerge de um processo de formação de liderança e compromisso.

Ninguém precisa de bonecos, postes e palhaços! Fortaleza exige respeito."



Antonio Mourão Cavalcante
a_mourao@hotmail.com
Médico, antropólogo e professor universitário


FONTE: JORNAL O POVO
http://www.opovo.com.br/app/opovo/politica/2011/12/03/noticiapoliticajornal,2348388/deputado-tucano-processa-dilma.shtml

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