" Eu e minha casa, serviremos ao Senhor "
" Quem não vive para servir, não serve para viver "
" A frase é de uma das maiores
personalidades do século XX, Mahatma Gandhi, que conduziu seu país, a
Índia, assim como muitos outros, a encontrar o caminho da independência e
da democracia por meio da não violência ativa: “Quem não vive para
servir, não serve para viver”. Viver para servir! Proposta desafiadora,
fonte de realização para todos os seres humanos, caminho de felicidade.
Parece-nos encontrar aí uma das muitas sementes do Verbo de Deus,
plantadas na sabedoria e na prática religiosa da humanidade, pois a
própria Palavra Eterna do Pai encarnada, Jesus Cristo, mostrou a que
veio, abrindo perspectivas novas para Seus discípulos e para toda a
humanidade: “Eu vim não para ser servido, mas para servir e dar a vida
por resgate de muitos” (Mc 10,45). Jesus Cristo veio ao mundo para fazer
a vontade do Pai, para servir.
Veio Jesus, chamou os discípulos e começou uma nova forma de viver. Do meio deles, escolheu apóstolos, criou relacionamento diferente, acolheu crianças, chamou justos e pecadores, derrubou barreiras culturais e religiosas, abriu a estrada da fraternidade. Também o Senhor, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, entrou no maravilhoso jogo de provocação à liberdade humana. Depois das primeiras etapas da pregação do Reino e da constituição de uma nova comunidade de irmãos – os chamados evangelhos sinóticos – Jesus pede aos discípulos uma definição: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Cf. Mt 16,13-20; Mc 8,27-30; Lc 9,18-21).
Já o Evangelho de São João, no texto que a Igreja proclama no vigésimo primeiro Domingo do Tempo Comum (Jo 6,60-69), traz uma pergunta altamente provocante, após a multiplicação de pães e o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida: “Vós também quereis ir embora?”. Vem de Pedro a resposta que continua a ressoar pelos séculos: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus!” Os discípulos aprenderam a seguir Jesus a partir da fé professada naquele que é Santo de Deus, Messias, Cristo, Filho de Deus. A Igreja não se cansará de proclamar a mesma fé em Jesus Cristo até o fim dos tempos.
Após a Ressurreição, a ascensão de Cristo e o Pentecostes, foi chamado aquele que, perseguidor implacável, veio a ser apóstolo das gentes. É o próprio Paulo quem conta, numa das narrativas de sua conversão, a pergunta que brota no coração de todas as pessoas que se encontram com Jesus Cristo: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 22,10) A graça do apostolado continua a se multiplicar na Igreja. Quantas pessoas são chamadas a servir ao Senhor no anúncio da Boa Nova da salvação, nos ministérios e serviços existentes nas Comunidades Cristãs! Que profusão de carismas suscitados pelo Espírito no coração da Igreja, por meio dos quais as palavras do Evangelho são postas em prática e “lidas” nas inúmeras obras de caridade e de serviço existentes em toda parte! E como não reconhecer a beleza do serviço prestado por homens e mulheres, adultos e jovens que desempenham a missão de catequistas em nossas paróquias?
São pessoas que experimentaram a graça do seguimento de Jesus e não podem se calar. São leigos e leigas que, nos serviços internos da Igreja, nas inúmeras frentes de trabalho apostólico e na caridade, podem dizer com o apóstolo São Paulo: “Anunciar o Evangelho não é para mim motivo de glória. É, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim se eu não anunciar o evangelho!” (1 Cor 9,16).
Por isso, fixem seus corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Com todas estas pessoas, agradecemos a Deus pelo mês dedicado às vocações. Em sua conclusão, temos o direito e o dever de acolher as novas e muitas vocações para o serviço ao Senhor e à Sua Igreja."
Dom Alberto Taveira Corrêa
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por
Arquidiocese de Belém/PA
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FONTE: PORTAL DE NOTÍCIAS DA COMUNIDADE CATÓLICA SHALOM
http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=5628
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