" Consignados no Bradesco "
" Diretor da Promus confirma exclusividade "
" Em depoimento à Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), o empresário Bruno Barbosa Borges admitiu ontem que a empresa Promus tem contrato de exclusividade com o banco Bradesco para a concessão de empréstimos consignados.
Durante o depoimento, o empresário confirmou ser sócio da empresa e também diretor da Administradora Brasileira de Cartões (ABC), responsável pela gestão da margem dos empréstimos consignados dos servidores estaduais. A ABC é de propriedade de Luis Antônio Ribeiro Valadares de Sousa, genro do chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho.
O contrato de exclusividade com o Bradesco e a relação entre Bruno e Valadares levantam a possibilidade de ter havido favorecimento durante o processo contratual firmado entre o Governo do Estado, a Promus e o Bradesco, de acordo com o promotor de Justiça Ricardo Rocha, responsável pelas investigações.
Com a confirmação de que a Promus administra sozinha a movimentação de crédito consignado junto ao banco, a empresa passa a deter, também, a responsabilidade sobre possíveis abusividades nas transações. “Nós iremos, nessa linha, tentar provar que houve algum tipo de favorecimento”, adiantou o promotor, em conversa com O POVO.
De acordo com Rocha, Bruno negou tráfico de influência, argumentando que a Promus venceu, sem qualquer intervenção ilegal, o processo licitatório para gerir o limite de endividamento dos servidores do Estado. “Mas isso são as afirmações dele. Nós iremos continuar as investigações”, ponderou o promotor.
Além da relação entre os sócios e o contrato da Promus com o Bradesco, o Ministério Público também investiga se as taxas de juros cobradas pelo Bradesco aos servidores do Estado estão acima do valor de mercado. “Sobre isso, ele (Bruno Borges) alega que a responsabilidade é do Bradesco. Vamos investigar”, disse Ricardo Rocha.
Segundo ele, se confirmada a abusividade dos juros pelo Decon, o MP poderá intermediar possível renegociação das dívidas dos servidores. “O que não pode é o servidor público ser prejudicado”. Instruído por seu advogado, Bruno Borges não quis se pronunciar. "
(Raquel Maia)
FONTE: JORNAL O POVO
http://www.opovo.com.br/app/opovo/politica/2012/06/13/noticiasjornalpolitica,2857886/diretor-da-promus-confirma-exclusividade.shtml
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