SOU DO CEARÁ


"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."

Patativa do Assaré

terça-feira, 7 de junho de 2011

PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE FORTALEZA PRECISA DE MAIS ATENÇÃO

" Patrimônio histórico "


" Capital restaura quatro dos 26 bens tombados "
IMAGEM: DIÁRIO DO NORDESTE
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" Ao longo das gestões anteriores, somente oito imóveis haviam sido tombados em toda a história de Fortaleza "


" Dos 26 bens tombados pelo Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), apenas quatro foram recuperados ou requalificados pela Prefeitura. São eles, o Paço Municipal (Palácio do Bispo), o Passeio Público, o Mercado dos Pinhões e o Estoril.

Muitos se encontram em péssimo estado de conservação e já perderam até as características que os tornaram patrimônio histórico, como a antiga Escola Jesus, Maria e José. O prédio, que pertence à Arquidiocese de Fortaleza, é tombado, mas nunca foi recuperado. Abandonado, o local foi ocupado, ontem, por famílias à procura de moradia.

Quando o imóvel tombado é de propriedade privada, como é o caso da escola, não é papel da Prefeitura de Fortaleza recuperá-lo e sim do proprietário, de acordo com informações da Coordenação de Patrimônio Histórico da Secultfor. O Município tomba um bem histórico a fim de que ele seja protegido contra possíveis alterações em seu desenho original e também para evitar demolições.

Conforme o conselheiro do Cophic (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico), e membro do Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento Ceará (IAB-CE), Augusto César Chagas Paiva, o papel do poder público municipal é fiscalizar e prestar consultoria em relação a possíveis obras de manutenção e uso pretendidas pelo proprietário. O Município pode dar incentivos fiscais, como redução ou mesmo isenção de IPTU, como estímulo para que o proprietário zele pelo bem, como acrescenta a Coordenação de Patrimônio Histórico.

Somente no caso do bem público é que o Município deve se responsabilizar pela manutenção e uso. “O problema é que sozinha a Prefeitura não tem como arcar com todos os custos, daí a necessidade de captação de recursos externos e inscrição de projetos em leis de incentivo”, afirma a assessoria de imprensa da Secultfor.

Para o professor de História da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Erick Assis de Araújo, o tombamento tem que ocorrer acompanhado da recuperação do equipamento. “Somente a monumentalização não garante o sentimento de pertença. Ao lado da preservação é preciso dar dinamismo ao imóvel, incluí-lo no roteiro cultural da cidade”, comenta.

De acordo Augusto César, conselheiro do Comphic - órgão que emite o parecer sobre a aprovação do tombamento dos bens - resgatar o uso do imóvel é um dos objetivos do tombamento... "



FONTE:  DIÁRIO DO NORDESTE
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=993129

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