SOU DO CEARÁ


"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."

Patativa do Assaré

sábado, 5 de fevereiro de 2011

SAÚDE OU AQUÁRIO ??????

HOSPITAIS

CHARGE: SINFRÔNIO

CHARGE - CLAYTON

A SAÚDE COM POUCOS INVESTIMENTOS...
ENQUANTO ISSO...

NO PROJETO DO AQUÁRIO SERÁ INVESTIDO
QUASE 300 MILHÕES


A PRIORIDADE É SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA
OU
OBRAS FARAÔNICAS  ?????


O POVO PRECISA MAIS DE SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA
OU
DE AQUÁRIO  ????

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" Saúde em crise na Capital "

" Saúde em xeque: Associação dos Hospitais do Ceará vai formalizar denúncia ao Ministério Público e Cremec sobre a gravidade da situação, como as emergências lotadas "

 " A situação da saúde em Fortaleza é caótica. Não existem vagas nos hospitais particulares conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os 860 leitos ofertados pela rede estão lotados. Além disso, as emergências estão superlotadas e o tempo de espera por atendimento chega a mais de três horas para várias especialidades.

Sem leitos, as cirurgias eletivas foram reduzidas em mais de metade. Com efeito direto para a área de cardiologia. O grave quadro é alertado pelos próprios donos dos hospitais, liderados pela Associação dos Hospitais do Ceará (Ahece).

Eles não só reconhecem a gravidade, como vão, na próxima segunda-feira, formalizar denúncia no Conselho Regional de Medicina (Cremec) e Ministério Público Estadual (MPE). "Precisamos encontrar saídas para a questão que está praticamente insustentável", diz o médico Wilson Meireles, do Hospital São Carlos.

Peregrinação

Com razão. A crise enfrentada pela carência da rede pública, agravada com a desativação de 73 leitos do Hospital Universitário Walter Cantídio tem efeito direto nos complementares. Só para se ter a dimensão do problema, a direção do Hospital São José penou na semana passada para conseguir leito para uma paciente (que pediu para não ser identificada) na rede privada complementar do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com dengue agravada, ela precisou ser internada. Como o São José já tem pacientes até nos corredores e sem oferta de leitos, a mulher necessitou dos hospitais particulares conveniados sem, no entanto, obter sucesso. Ela confessa que teve medo de morrer sem o atendimento indicado por seu quadro geral de saúde. "Graças a Deus e por um milagre, o Dr. Anastácio (diretor do São José) encontrou um leito na rede pública mesmo. Mas sei que isso foi interferência divina".

O caso da mulher não é exceção. Pelo contrário, virou regra. O diretor do Hospital São José, Anastácio Queiroz, desabafa sobre o assunto: "o pior é que não vejo solução a curto prazo e o paciente não pode esperar por isso", alerta o infectologista.

Para o presidente da Ahece, Aramicy Pinto, seria necessária a contratualização de pelo menos mais 300 leitos por parte do Estado e Município para minimizar o déficit. Mas não vê, neste momento, como equalizar a questão.

Segundo aponta, a alta carga tributária imposta aos hospitais privados - que chega a 25,23% de impostos - é um dos pontos chaves. "Inclua aí, a falta de uma política de incentivo de financiamento com juros baixos para investimentos em tecnologia e que desanima ainda mais o privado de ampliar a oferta para o sistema".

O médico e proprietário da Ortoclínica, uma das três maiores emergência da rede particular da Capital, Iramar Moreira, frisa que a situação chegou a um ponto insuportável. "Por isso, alguns hospitais tiveram que fechar as portas, não aguentaram e os que ainda estão no sistema, operam além do limite".

Reclamações

Enquanto isso, nas salas de emergências, muitas reclamações dos pacientes. Uma das mais revoltadas era a fisioterapeuta Juliana Chaves. Precisando de atendimento urgente, ela já vinha de outro hospital privado. "Lá, 70 pessoas na minha frente e eu não consegui aguentar, fiquei pior. Fui para casa e vim para o hospital particular. Estou aguardando há quase três horas e ainda nem fiz exames".

A assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) informou que o Governo sabe da demanda e das deficiências na Capital e Interior. Para solucionar a situação, um dos investimentos destacados é o Hospital Regional do Cariri, com previsão para ser inaugurado em março e contará com 286 leitos, além da construção do Hospital Regional da Zona Norte, em Sobral. A assessoria afirmou ainda que hospitais estaduais em Fortaleza tiveram a quantidade de leitos ampliada.

Já a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) declarou que irá esperar a formalização da Ahece para se posicionar."


LÊDA GONÇALVES
REPÓRTER


Enquete

Qual a solução?

"É preciso mais médicos e mais hospitais, porque do jeito que está a gente corre o perigo de morrer antes de medicado."

Airton Carneiro Marino
67 anos
Aposentado

"Acho que falta bom senso por parte do governo e da rede privada. Se não tem condições, então por que não amplia?"

Fábio Nobre
37 anos
Advogado

 
FONTE:  DIÁRIO DO NORDESTE
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=928941

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