IMAGEM: http://graciellepb.blogspot.com.br/2009/10/chuva.html
BRINCANDO NA
CHUVA !
Abençoada madrugada chuvosa...
Acordei com a música da chuva que caia forte e pelas
biqueiras se derramava formando micros rios pela rua.
Minha filha Alanna já tinha despertado com a chuva que ela tanto gosta. Voltamos a sentir um friozinho
que temporariamente espantou o calor da madrugada abafada.
Lembrei da minha infância, em Sobral, quando no inverno eu e toda a
meninada disputávamos as biqueiras com forma de boca de jacaré, por jorrar um
maior volume de água.
Sai
para a rua e a chuva veio me fazer criança mais uma vez: corri de braços
abertos como que abraçar uma amiga que não via há muito tempo, os pingos de água eram
palavras de saudade; não encontrei “ uma boca de jacaré “, mas uma bica
de cano de plástico ( que derramava a preciosa água, que no Sertão é quase um milagre nos dias de hoje ),e essa era a minha “ biqueira “ do século XXI. Eu e a Alanna mergulhamos nesta chuva que misturava sentimentos de saudade, gratidão a Deus, e a certeza de que a satisfação plena está na simplicidade de um banho de chuva com seus filhos.
de cano de plástico ( que derramava a preciosa água, que no Sertão é quase um milagre nos dias de hoje ),e essa era a minha “ biqueira “ do século XXI. Eu e a Alanna mergulhamos nesta chuva que misturava sentimentos de saudade, gratidão a Deus, e a certeza de que a satisfação plena está na simplicidade de um banho de chuva com seus filhos.
Os sons da
chuva, que continuava caindo, com
seus relâmpagos e trovões assustadores, ecoam na minha mente me fazendo lembrar
de tempos esquecidos, momentos que marcaram a minha infância e hoje a água
da chuva lava minha alma, meu rosto e
confunde-se com a água quente e salgada que brota dos meus olhos.
A Alanna divertia-se e sorria
muito sem entender a minha felicidade.
AURIBERTO CAVALCANTE
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