IV CONGRESSO DE ESCRITORES, POETAS E LEITORES DO CEARÁ
DE 25 A 27 DE JULHO DE 2014
A ABERTURA DO CONGRESSO SERÁ ÀS 14:00 HORAS DO DIA 25 DE JULHO DE 2014 ( DIA DO ESCRITOR )
O CONGRESSINHO SERÁ NO DIA 27 DE JULHO ( DOMINGO ) ÀS 09:00 HORAS
PROMOÇÃO GRUPO CHOCALHO
TEMA:
" A PARTICIPAÇÃO DO ESCRITOR NO PROCESSO DE REDEMOCRATIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL "
JUSTIFICATIVA
O
autoritarismo instaurado com o Golpe Militar de 64 foi um dos fatores
históricos mais influentes nas manifestações artísticas e culturais no
Brasil. Grandes movimentos surgiram em protesto à ditadura, perpetuada
ao longo de duas décadas. Festivais de música, tropicalismo, poesia do
“desbunde”, poesia social e marginal, foram algumas das manifestações
com tom de arte. A poesia do desbunde foi uma reação de escapismo à
opressão, em tom irônico. Seu maior divulgador foi o Pasquim, que reunia
intelectuais como: Henfil, Paulo Francis, Ruy Castro, Ziraldo, e
colaboradores como Chico Buarque e Rubem Fonseca. O Pasquim tinha uma
luta sem tréguas contra a ditadura vigente. Acabou perseguido e
censurado durante o governo militar. Nas décadas de 70/80 surge o
movimento chamado poesia marginal, que tem como destaque os poetas
Cacaso, Torquato Neto, Chacal, Charles, Paulo Leminski e Ana Cristina
César. Os poetas marginais tinham a preocupação com a expressão de
questões sociais, além de fatos triviais e sentimentais. Por mais de
duas décadas de repressão cultural no Brasil, a arte do protesto,
tornou-se importante, bela e essencial. Durante os dez anos de vigência
do AI-5 (1968-1978), cerca de 200 livros sofreram veto. Os critérios
eram obscuros: cenas de sexo, palavrões e a sugestão de propaganda
política eram as justificativas mais comuns, mas pretextos vagos, como
“atentado à moral e aos bons costumes” e “conteúdo subversivo”, também
eram usados. O órgão responsável era a Divisão de Censura de Diversões
Públicas, que durou até 1988, ano em que a Assembleia Nacional
Constituinte pôs fim à censura. A censura não poupou os romances e
contos Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca; Zero, de Inácio de Loyola
Brandão; Dez Estórias Imorais, de Aguinaldo Silva; Em Câmara Lenta, de
Renato Tapajós; Mister Curitiba, de Dalton Trevisan; e O Cobrador, de
Rubem Fonseca. Muitos escritores a exemplo de Jorge Amado e Érico
Veríssimo protestaram contra a censura, e teve escritores que até foram
presos por conta do conteúdo de suas obras, como foi o caso de Cassandra
Rios, que 1976 dos seus 36 livros teve 33 censurados. Contudo, com o
processo de redemocratização fruto da luta de artistas, poetas,
escritores e músicos, além de homens como Ulisses Guimarães, Tancredo
Neves e Dante de Oliveira dentre outros heróis anônimos que entregaram
suas vidas na luta pela libertação política do Brasil, mostra hoje,
alguns de seus resultados.
NO CEARÁ
NO CEARÁ
No
Ceará, ao longo dos anos 60, 70 e 80, vários escritores, poetas,
artistas e intelectuais saíram em defesa da Democracia, desafiando a
Ditadura Militar, transformando em arte o luto e a luta pela Liberdade.
Alguns foram perseguidos e até presos. Mas nem o cárcere silenciou a
voz, os versos e as palavras dos nossos artistas. Surgiram vários
Movimentos de Resistência, dentro e fora das Universidades.
Desse
tempo de lutas destacamos, o GRUPO SIN, fundado por Roberto Pontes,
Pedro Lyra, Horácio Dídimo, Linhares Filho e Rogério Bessa; CLUBE DOS
POETAS CEARENSES, REVISTA O SACO, NAÇÃO CARIRI; MOVIMENTO DE ARTE
POPULAR DO PIRAMBU; PESSOAL DO CEARÁ; GRUPO CHOCALHO; GRUPO COMBOIO;
GRUPO DE TEATRO GRITA e intelectuais e artistas, onde destacamos:
Patativa do Assaré; José Alcides Pinto; Oswaldo Barroso; Rosemberg
Cariri; Dimas Macêdo; Barros Pinho; Batista de Lima; Stênio Freitas;
Auriberto Cavalcante; Costa Senna; Mário Gomes; Costa Matos; Juarez
Leitão; Guaracy Rodrigues; Manoel Coelho Raposo; Nilton Maciel; José
Carlos Matos;José Jackson Coelho Sampaio; Omar
Rocha; Graça Freitas; Diogo Fontenelle; Janice Shirley; Francisco
Carvalho; Raimundo Cavalcante; Nirton Venâncio; Rogaciano Leite Filho;
Ronaldo Cavalcante; Adriano Spínola; Gildemar Pontes; Carlos Emílio
Corrêa Lima; Natalício Barroso Filho; Nilze Costa e Silva; Chico Leite;
Franzé Rodrigues; Gilmar de Carvalho; Audifax Rios; Manoel César;
Luciano Maia; Carlos Augusto Viana; Oscar Bezerra; Gabriel José da
Costa; Roberto Matoso; Marisa Biasoli; Mano Alencar; Luciano Barreira;
Laerte Magalhães; Regine Limaverde; Eliezer Rodrigues; Airton Monte;
Augusto Pontes; Fernando Néri; Braúlio Ramalho; Renato Saldanha e muitos
outros.
OBJETIVOS GERAIS DO CONGRESSO
*
Prestar uma homenagem aos escritores e poetas cearenses que sofreram
durante a Ditadura Militar a aqueles que lutaram contra o regime
ditatorial;
* Discutir a participação de escritores brasileiros e especial cearense no processo político em nosso país;
*
Congregar o máximo de Escritores, Poetas e Leitores, que atuam nas mais
diversas atividades liberais e partilhar as angústias e as esperanças
comuns para publicar, editar e formar novos Leitores críticos e
conscientes;
* Além de congregar
os que atuam no cenário das Letras, é preciso atrair Leitores e Editoras
para se interessarem por autores novos, e também publiquem os
veteranos;
* Conhecer, Propor e Participar da elaboração das Políticas Públicas Culturais dos Governos: Federal, Estadual e Municipal;
* Assegurar aos Escritores e Poetas a efetiva participação nos eventos Oficiais da Cultura no Ceará;
*
Exigir prioridades condizentes com a realidade da Cultura Cearense,
antes de importar modelos culturais milionários do Primeiro Mundo;
* Abrir " janelas " virtuais e reais para mostragem do Produto: " LITERATURA CEARENSE ";
NOVIDADE
Em 2014 a grande novidade será o CONGRESSINHO, dedicado para o público INFANTOJUVENIL, que acontecerá no domingo pela manhã, dia 27 de julho, com palestras e lançamentos de livros.
GRUPO CHOCALHO
O CONGRESSO TERÁ INÍCIO ÀS 14:00 HORAS DO DIA 25 DE JULHO DE 2015
( DIA DO ESCRITOR )
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