FOTO: MIGUEL PORTELA - DIÁRIO DO NORDESTE
" FALTAM ANESTESIOLOGISTAS "
"Cirurgias eletivas estão suspensas no Hospital Infantil Albert Sabin-Hias "
" Os demais serviços de intervenção cirúrgica do hospital não pararam por conta do revezamento de médicos "
" Existe também a possibilidade de os procedimentos de urgência e emergência ficarem impedidos "
" Estão suspensas todas as cirurgias eletivas do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias). A situação é decorrente da falta de médicos anestesiologistas. Diariamente, são feitas uma média de oito a dez cirurgias desse porte. Com a suspensão desse atendimento, a lista de espera só tendo a crescer.
Além das cirurgias eletivas, existe também a possibilidade de as cirurgias de urgência e emergência ficarem impedidas de se realizarem no Hias, visto que os anestesistas cooperados podem decidir também pela suspensão do serviço nessas áreas.
O motivo pelo qual os anestesiologistas não estão comparecendo ao Hias em sua totalidade prende-se ao fato de o acordo de reajuste salarial que regulamenta o contrato entre a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) e a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Ceará (Coopanest-CE) ainda não ter sido publicado no Diário Oficial.
Quadro
O Albert Sabin conta com cerca de 28 anestesiologistas, sendo que apenas oito desses são profissionais funcionários públicos, os outros prestam serviços como cooperados pertencentes à Coopanest-CE. Os demais serviços de cirurgia do hospital somente não pararam ainda porque alguns médicos cooperados estão se revezando e comparecendo voluntariamente ao hospital para trabalharem sem previsão de receberem seus respectivos pagamentos.
"A demanda é muito grande e a situação está se complicando cada vez mais", alertou o médico responsável pelo setor de Anestesiologia do Albert Sabin, Glauco Kleming. A reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria da Saúde do Estado a respeito da suspensão das cirurgias eletivas e da situação atual dos anestesistas, entretanto, a assessoria de imprensa do órgão não deu retorno até o fechamento desta edição. Já a direção do Hias afirmou que não se pronunciaria, alegando que só a Sesa falaria sobre o assunto."
ADALMIR PONTE
REPÓRTER
FONTE: JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=888750
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