SOU DO CEARÁ
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Patativa do Assaré
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Patativa do Assaré
domingo, 22 de agosto de 2010
BOLSA FAMÍLIA, CONSCIÊNCIA POLÍTICA E TRABALHO
" Eleição e indiferença "
" Nunca na história deste País os brasileiros encararam com tanta indiferença uma eleição presidencial. Os nossos cidadãos não demonstram entusiasmo diante do que pode ser encarado como o mais importante fato da história de qualquer nação: a escolha pelo voto livre dos seus governantes. Na verdade não temos mesmo razões para qualquer tipo de empolgação. A história não muito pretérita nos mostra que os brasileiros viviam os períodos eleitorais com entusiasmo, um quase radicalismo sadio. Poucos lembram que quando o país se dividia entre UDN e PSD, nas campanhas memoráveis como as do brigadeiro Eduardo Gomes, de Getúlio Vargas, Juscelino, a eleição era um espetáculo de civismo. O cidadão votava pelo bem do País e não movido por interesses mesquinhos e pessoais. Os temas em debate eram os da industrialização, da geração de energia, o transporte, da alimentação, da escola de qualidade. Nem se prometia revoluções na segurança e na saúde, pois os brasileiros não viviam, como hoje, à míngua desses dois itens. E ainda tinha um viés ideológico, o único em que o pessoal radicalizava, que era a briga da esquerda contra a direita. Hoje tudo isso foi substituído por uma lenga-lenga vazia que em nada casa com os verdadeiros interesses ou com os graves problemas nacionais. Nenhum dos candidatos apresenta algo de concreto no que tange à recuperação das nossas estradas, quase todas destruídas, dos portos obsoletos, caros, sucateados. A segurança, que sumiu e nos deixou imersos em um mar de violência e criminalidade jamais visto no mundo moderno, é esquecida por eles. Assim como a saúde pública, que ao invés de curar está matando cada vez mais pela incompetência, pela omissão e pela roubalheira. Nada sério quanto ao ensino, que nos transformou num País de semianalfabetos com anel de doutor no dedo e cujo presidente se jacta de não ter estudado. E o pior é a omissão, o silêncio quase total, no que diz respeito à corrupção e à impunidade, sem dúvida os dois mais graves cânceres que corroem a nossa sociedade e já fazem os brasileiros sentirem vergonha de ser honestos, como previa o velho Rui. O que se vê são os candidatos prometendo mais assistencialismo, mais esmolas. Remédio, enxoval para bebês, casas, móveis e eletrodomésticos, tudo de graça. O famoso "almoço grátis" que os economistas provam não existir. Em síntese: nenhum deles indica qualquer solução para os graves problemas nacionais. Nada de remédio. Só emplastros. O grave é que o número de eleitores que volta em busca ou pela manutenção da esmola já praticamente supera o dos que ainda têm alguma consciência cívica e de responsabilidade para com o Brasil. Nesse rumo vamos dar de cara com um futuro bolivariano, em que o populismo usa e abusa das eleições para se manter no poder. É bom lembrar mais uma vez que até o companheiro Raúl Castro, lá no paraíso cubano, já começou a mudar os bolsas-famílias de lá, depois de reconhecer que com essas esmolas seu país criou duas gerações de vagabundos."
RANGEL CAVALCANTE
LEIA NO DIÁRIO DO NORDESTE
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=837102
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