FALA INTERNAUTA:
Olá Auriberto Cavalcante.
Grato pelas palavras a respeito de meu trabalho. Algumas pessoas criticam por eu me deter somente em charges políticas. Mas não vejo outro assunto que mereça crítica, a não ser esse. Fico-lhe grato por divulgar as charges em seu Blog. Também estou sempre lendo o falAÇÃO e participarei mais com comentários e charges.Parabéns também pelo seu trabalho em prol da cultura. Fale-me do GRUPO CHOCALHO. Ainda não conheço.
Abraço.
Newton Silva
Fortaleza/CE
CONHEÇA UM POUCO SOBRE NEWTON SILVA
O Chargista
Por Newton Silva,
13 de dezembro de 2010 15:23
" Sou de 1960, 50 anos nos couros. Iniciei como publicitário em 1982 na agência de propaganda SG Publicidade, do saudoso Assis Santos. Lá eu trabalhei inicialmente como “past up”, que naquele tempo, era o cara que colava os anúncios, com cola de sapateiro mesmo.
Era tudo feito artesanalmente. Não tinha essa coisa de computador, nem CorelDraw, Illustrator, Photoshop, InDesign…tudo era feito à mão mesmo. Cada um de nós tínhamos uma prancheta com régua paralela e luminária, uma lata de cola de sapateiro, um tubo de benzina (para diluir a cola), tesouras, estilete, cola branca, cola bastão, régua, esquadro, compasso, fita durex, tinta guache de várias cores, pincéis e as inigualáveis canetas à tinta nankim da marca Rotring, pois eram as melhores.
Agora nós tínhamos o que raramente de encontra hoje: imaginação. Não existia o google para pegar ideias dos outros. A gente tinha que criar mesmo os anúncios.
Naquele tempo, todo “past up” – o cara que colava as artes – queria chegar a “layoutista” ou “Artefinalista”. O cara do “layout” trabalhava unicamente com tinta guache para desenhar o anúncio colorido para apresentar ao cliente. Depois que o anúncio era criado a gente colava no papel “carmem” preto com “pas partout” e cobria com o papel manteiga e o contato publicitário levava ao cliente para aprovação. Depois de aprovado, o “layout” era então entregue ao “artefinalista” para transformar o desenho feito em guache em fotografia e depois mandar para o veículo onde seria veiculado. O artefinalista tinha inclusive que saber qual a tipologia que o “layoutista” desenhou para mandar comprar a cartela de “letraset”. Depois da SG propaganda, trabalhei em outras agências (quase todas extintas) como a Close Propaganda do Vanderlou Oliveira, a P.A. Publicidade do Paulo José, a Top Service do Aldemir Sobreira etc. Em 1985 fui convidado pelo jornalista Paulo Karam para trabalhar no extinto e saudoso jornal Tribuna do Ceará, do ex-senador José Afonso Sancho. No jornal eu fazia a página de quadrinhos e escrevia semanalmente no tabloide TC Dimensão da Solange Palhano (Jornal O Estado). Em 1987 fui trabalhar no récem fundado jornal Diário do Nordeste, que naquele tempo era o auge. Lá fiquei trabalhando no Departamento de Arte e fazia a charge diária na Coluna É… do jornalista Neno Cavalcante. Em 1990 fui para Roraima. Lá fui um dos fundadores, juntamente com o jornalista C. Neto, do jornal Diário de Roraima e fazia a charge diária. Ficamos lá dois anos e depois voltamos para Fortaleza. Desde 1982 até hoje, tenho me envolvido em muitos projetos publicitários, com muitas agências, pequenas e grandes, muitas não existem mais. Uma coisa eu posso lhe garantir: no tempo que não existia computador, éramos mais criativos e praticamente todos se conheciam e havia muita interação entre as agências, ilustradores, desenhistas e contatos publicitários. Muitas profissões se acabaram como a de laboratorista, layoutista e past up. Como não existia os “cliparts” o desenhista era um profissional super disputado entre as agências. "
FONTE: http://newtonsilva.com/?page_id=6
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