SOU DO CEARÁ
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Patativa do Assaré
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Patativa do Assaré
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
OMBUDSMAN
Ombudsman
" Esqueceram o outro lado."
Paulo Rogério
06 Fev 2010 - 17h58min
" Ouvir o outro lado não é favor; é parte fundamental da história``
Marcelo Soares, jornalista..."
" Ouvir o outro lado de uma notícia é a norma básica do jornalismo. Fugir a essa regra, além de ferir a ética, deixa arranhões na credibilidade. O exemplo foi a série de matérias ``Educação no Ceará``, publicada dias 1 e 2 de fevereiro pelo Núcleo de Cotidiano. Vamos antes aos fatos. No primeiro dia, O POVO estampou na capa a manchete ``21 mil alunos sem aula todo dia``.
Na página interna, a matéria ``1.036 aulas deixam de ser realizadas todo dia``, baseada em pesquisa feita pela Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza, apontou que o número de professores faltosos prejudicava mais de 21 mil alunos. Falaram diretores de duas escolas citadas entre as que tinham mais alunos sem aula. No segundo dia, a série questionou a forma de avaliação dos professores.
REAÇÃO IMEDIATA
O erro da matéria foi não ouvir os principais envolvidos na notícia: os professores e alunos. Alguns dos estudantes serviram como simples modelos na produção da foto. A reação dos leitores & todos professores - foi rápida. ``Quantos professores faltosos foram ouvidos pela reportagem?,`` indagou João Teles de Aguiar, qualificando o texto como ``jornalismo de imprensa negra``. Mais comedido, e menos preconceituoso, Djacir de Souza disse que o jornal foi usado pelo poder público e que deveria ter se aprofundado nos motivos de tantas faltas. ``Jornalismo tem de ser antes de tudo compromissado com a verdade``, advertiu.
A inquietação dos leitores foi levada aos editores. Na quinta-feira (4), O POVO publicou o Editorial ``Professores faltosos``, no qual colocou os problemas da educação pública como uma questão mais ampla. Uma nota do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará, criticando o jornal, também foi publicada. Os professores continuaram, no entanto, sem espaço. ``Por que a matéria não foi repercutida no dia seguinte?``, questionou novamente o professor João Teles. Eu acrescento: nem se tentou, já que não constava qualquer procedimento deste tipo indicado na matéria.
REMENDO
Somente quatro dias depois - na edição de sexta-feira, dia 5 & é que os professores ganharam espaço para falar.
Nada dos alunos. Mas já era tarde. O jornal saiu com a imagem comprometida e o leitor prejudicado por não ter todas as versões do fato mostradas na mesma proporção.
Questionado, o Núcleo Cotidiano avisou que a matéria com os professores contemplava a ausência. Independente de corporativismos, ano político ou gestores públicos, a obrigação de todo jornalista é expor os fatos em todas as versões. O leitor que formule um julgamento."
JORNAL O POVO
http://opovo.uol.com.br/opovo/colunas/ombudsman/951737.html
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