SOU DO CEARÁ
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Patativa do Assaré
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Patativa do Assaré
sábado, 16 de janeiro de 2010
POESIA CEARENSE - AURIBERTO CAVALCANTE
NADA MAIS
O meu corpo procurou o teu
e encontrou a porta aberta,
como se me esperasse...
e te amei.
Depois meu corpo cansado
procurou repouso no teu
e encontrou o leito ansiado,
perfeito.
Sonhei.
Acordei sozinho,
sem leito,
sem direito
ao corpo teu,
pois em casa
outro corpo
esperava pelo meu.
AURIBERTO CAVALCANTE
IN: " CEIA LITERÁRIA Nº 01 "
1982
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"NADA MAIS"
ResponderExcluirUm leito ansiado...perfeito e após o sonho desfeito. Situação perfeita de amantes sem "passaportes"
A poeta aborda eufenisticamente uma situação-sonho de adutério ( solvente do tédio matrimonial). E a nosso ver, os versos abaixo consubstanciam nossa afirmação.
" (...)
sem direito
ao corpo teu,
pois em casa
outro corpo
esperava pelo meu."
.
.
Poesia de alto quilate.
Parabéns, professor Auriberto