SOU DO CEARÁ
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Patativa do Assaré
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome , pergunto o que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Patativa do Assaré
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
PROFISSÃO: PROFESSOR III
PROFISSÃO: PROFESSOR III
EDUCAÇÃO PÚBLICA
Violência nas escolas aterroriza os professores
Vicente Pinzón: no Caic, foram registradas, de junho de 2008 a outubro de 2009, 199 ocorrências disciplinares, dentre elas agressões físicas e verbais contra professores(Foto: José Leomar)
Muros, grades, portões fechados e um rodízio de seguranças, essa é a realidade das escolas públicas do Ceará. Professores convivem com a violência interna e externa e vivem ameaçados. Na Escola de Ensino Fundamental Centro de Atendimento Integral à Criança/ Adolescente Mário Felício Lopes, conhecida como Caic, no Bairro Vicente Pinzón, foram registradas, de junho de 2008 a outubro de 2009, 199 ocorrências disciplinares, dentre elas agressões físicas e verbais contra professores.
No mês passado, um caso chamou a atenção da população de Fortaleza. Um estudante de 14 anos foi flagrado dentro de sala de aula com um revólver calibre 22, em uma escola na Grande Messejana. O garoto foi conduzido para a Delegacia Especial da Criança e Adolescente, onde ele foi apreendido.
Os casos de violência nas escolas são frequentes, mas a maioria deles não é encaminhada para a Delegacia Especial de Defesa da Crianças e Adolescente (DCA), pois é resolvido na própria escola, ou com a família dos envolvidos. Segundo a titular da DCA, Yolanda Fonseca, , não existem registros dos casos que envolvem violência escolar.
A escola Caic tem 1.225 alunos e 36 professores, que relatam histórias envolvendo desrespeito, violência psicológica e física. A unidade escolar mantêm três seguranças por turno para preservação do património e da vida de professores, funcionários e alunos.
A professora Mônica Bezerra, que ensina Português e Inglês no 9º ano, conta que já foi empurrada por alunos, sofreu tentativa de roubo dentro da sala de aula (um aluno tentou arrancar de seu pescoço um colar de ouro). Ela diz que, durante uma semana, seu carro, que estava no estacionamento da escola, foi coberto por fita adesiva preta em forma de X.
ENQUETE
Quais os principais problemas existentes dentro da sala de aula?
Eugênia Nogueira
45 ANOS
Professora
"O que os alunos vivenciam no mundo é refletido dentro da sala de aula. Temos que conviver com isso diariamente"
Silvana Barreira
49 ANOS
Professora
"A violência e a falta de apoio da família. Os alunos precisam ser acompanhados em casa em todas as atividades escolares"
Sílvia Helena Barreto
40 ANOS
Professora
"A violência. Fui assaltada na porta do colégio. Cheguei na sala de aula só com a chave do carro, mas não desisto"
KARLA CAMINHA
REPÓRTER
DIÁRIO DO NORDESTE - 15 DE OUTUBRO DE 2009
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