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SOU DO CEARÁ
"Eu sou de uma terra que o povo padece Mas não esmorece e procura vencer. Da terra querida, que a linda cabocla De riso na boca zomba no sofrer Não nego meu sangue, não nego meu nome Olho para a fome , pergunto o que há ? Eu sou brasileiro, filho do Nordeste, Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
" 16 Estados gastam menos do que o mínimo indicado com aluno de ensino médio "
Por
Cristiane Capuchinho- iG São Paulo |
Texto
" Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará estão na lista. PNE exige gasto por aluno com mínimo de qualidade a partir de 2016 "
" O
valor investido pelo governo federal em alunos do ensino médio de 16
Estados do País em 2015 não é suficiente para garantir a qualidade
mínima de educação. Nas redes públicas de Bahia, Ceará, Minas Gerais,
Paraná e Rio de Janeiro, entre outros, o gasto estimado pelo governo
federal ficará abaixo dos R$ 3.771, valor mínimo do Custo
Aluno-Qualidade (CAQi), referência aprovada no Plano Nacional de
Educação. "
" O valor mínimo necessário por aluno para garantir uma educação de qualidade foi atualizado a pedido do iG
por José Marcelino de Resende, professor da USP e presidente da
Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação)
com base em parecer aprovado pelo Conselho Nacional de Educação em 2010. Neste
custo estão inclusos o custo de professores com formação e salário
adequados, limites mais baixos no número de crianças por sala, escolas
com biblioteca, laboratórios de ciência e informática e quadra
esportiva. Em dez Estados, o valor investido por aluno do ensino
médio será de R$ 3.220,46 – gasto mínimo estipulado pelo Fundeb em
portaria publicada no dia 29 de dezembro de 2014. Apenas 11
Estados têm valor superior ao mínimo de qualidade para o nível, entre
eles estão Rondônia, Roraima, São Paulo e Rio Grande do Sul. O
ensino médio é a fase escolar que mais tem provocado preocupações em
relação ao mau desempenho dos estudantes. Na última avaliação do MEC, o
país ficou abaixo da meta. Os estudantes tiveram, em média, nota 3,7, de
dez pontos possíveis. E em 16 Estados, houve piora nos resultados de 2013 em relação a 2011.
Salário do professor e redução do nº de alunos por sala aumentam custo A
implementação da Lei do Piso para professores, criada em 2008, e a
redução do número de estudantes por sala são os dois itens de maior
impacto no Custo Aluno-Qualidade, de acordo com Resende.
"O pessoal é o principal gasto da educação. Quando você reduz o número de estudantes por sala, precisa de mais professores." No
parecer do CNE, está previsto o limite de 30 alunos em salas do ensino
médio. Em São Paulo, o limite usado na rede estadual é de 40 estudantes,
no entanto, as aulas da rede voltaram neste ano com salas de até 85 alunos matriculados. Outro
ponto importante é a equidade na qualidade da educação, como previsto
pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. "Você tem que ter
critérios mínimos. As escolas do Amazonas e de São Paulo são diferentes,
claro que são. Mas nem por isso você pode abrir mão de ter biblioteca
com bom acervo ou laboratório de ciência em uma escola do Amazonas.
Devem ser diferentes, mas tem de ter", indica Daniel Cara, coordenador
da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
O Censo Escolar
2013, compilado pelo Qedu, mostrou que 65% das escolas brasileiras não
têm biblioteca. Um trabalho feito por pesquisadores da UFSC e da UnB
aponta ainda que 44% das escolas do País não têm TV ou computador.
CAQi deve ser aplicado a partir de 2016 O
parâmetro, defendido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação,
foi incluído no Plano Nacional de Educação sancionado pela presidente
Dilma Rousseff em 2014. O plano prevê que até 2016, o valor de
referência para o gasto com cada estudante de educação básica tenha como
referência critérios de qualidade mínima da educação. "São
critérios muito objetivos, que são o mínimo que todas as escolas
deveriam ter e não têm. O CAQi é o que diz a LDB. É melhor que o Fundeb,
que é apenas um fundo contábil com o rateio de quanto se investe",
avalia Resende. "Tem que investir, foi isso que outros países fizeram
para sair do buraco." O plano, aprovado em 2014, prevê o
aumento de investimentos em educação até o índice de 10% do Produto
Interno Bruto até 2024. Hoje, o percentual é de aproximadamente 6,1% do
PIB. O texto responsabiliza a União pela complementação, quando
necessário, do valor mínimo gasto por redes municipais e estaduais e
isso é parte do entrave. Com o corte de gastos implementado pelo
governo de Dilma no início deste ano, o MEC sofreu uma redução de R$ 7
bilhões em seu orçamento e foi o ministério mais afetado. Segundo
estimativas da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, seriam
necessários R$ 37 bilhões de acréscimo para que as matrículas atuais das
redes públicas atingissem o nível do CAQi. Se considerada a meta de
inclusão de todos os brasileiros de 4 a 17 anos na escolas em 2016,
outros R$ 13 bilhões teriam de ser adicionados, informa Cara. O
investimento seria algo próximo a 1% do PIB. Na Conferência
Nacional de Educação realizada no fim do ano passado, os representantes
pediram o parecer do CNE sobre o CAQi, de 2010, seja homologado pelo
ministério até maio de 2015 "para constar das leis orçamentárias para o
ano de 2016, momento em que o CAQi deve estar implementado", afirma o
documento.
Procurado, o Ministério da Educação não
respondeu se o parecer do CNE deve ser homologado ainda este ano, quais
seriam as estimativas do ministério de valor do CAQi e se o ministério
trabalha com a expectativa de implementar o Custo Aluno-Qualidade em
2016."
Confira problemas da educação brasileira
PROBLEMAS
NA ESCRITA - No Enem de 2014, 529 mil estudantes brasileiros tiraram
zero na redação. O tema era Publicidade Infantil.