sexta-feira, 11 de julho de 2014

GRUPO CHOCALHO COMEMORA 30 ANOS PROMOVENDO CONGRESSO






 
IV CONGRESSO DE ESCRITORES, POETAS E LEITORES DO CEARÁ

DE 25 A 27 DE JULHO DE 2014 

PROMOÇÃO GRUPO CHOCALHO 
 
 

TEMA:  
 
"  A PARTICIPAÇÃO DO ESCRITOR NO PROCESSO DE REDEMOCRATIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL "
 
 

JUSTIFICATIVA
 
 

O autoritarismo instaurado com o Golpe Militar de 64 foi um dos fatores históricos mais influentes nas manifestações artísticas e culturais no Brasil. Grandes movimentos surgiram em protesto à ditadura, perpetuada ao longo de duas décadas. Festivais de música, tropicalismo, poesia do “desbunde”, poesia social e marginal, foram algumas das manifestações com tom de arte. A poesia do desbunde foi uma reação de escapismo à opressão, em tom irônico. Seu maior divulgador foi o Pasquim, que reunia intelectuais como: Henfil, Paulo Francis, Ruy Castro, Ziraldo, e colaboradores como Chico Buarque e Rubem Fonseca. O Pasquim tinha uma luta sem tréguas contra a ditadura vigente. Acabou perseguido e censurado durante o governo militar. Nas décadas de 70/80 surge o movimento chamado poesia marginal, que tem como destaque os poetas Cacaso, Torquato Neto, Chacal, Charles, Paulo Leminski e Ana Cristina César. Os poetas marginais tinham a preocupação com a expressão de questões sociais, além de fatos triviais e sentimentais. Por mais de duas décadas de repressão cultural no Brasil, a arte do protesto, tornou-se importante, bela e essencial. Durante os dez anos de vigência do AI-5 (1968-1978), cerca de 200 livros sofreram veto. Os critérios eram obscuros: cenas de sexo, palavrões e a sugestão de propaganda política eram as justificativas mais comuns, mas pretextos vagos, como “atentado à moral e aos bons costumes” e “conteúdo subversivo”, também eram usados. O órgão responsável era a Divisão de Censura de Diversões Públicas, que durou até 1988, ano em que a Assembleia Nacional Constituinte pôs fim à censura. A censura não poupou os romances e contos Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca; Zero, de Inácio de Loyola Brandão; Dez Estórias Imorais, de Aguinaldo Silva; Em Câmara Lenta, de Renato Tapajós; Mister Curitiba, de Dalton Trevisan; e O Cobrador, de Rubem Fonseca. Muitos escritores a exemplo de Jorge Amado e Érico Veríssimo protestaram contra a censura, e teve escritores que até foram presos por conta do conteúdo de suas obras, como foi o caso de Cassandra Rios, que 1976 dos seus 36 livros teve 33 censurados. Contudo, com o processo de redemocratização fruto da luta de artistas, poetas, escritores e músicos, além de homens como Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e Dante de Oliveira dentre outros heróis anônimos que entregaram suas vidas na luta pela libertação política do Brasil, mostra hoje, alguns de seus resultados.


NO CEARÁ 
 
 
No Ceará,  ao longo dos anos 60, 70 e 80, vários escritores, poetas, artistas e intelectuais saíram em defesa da Democracia, desafiando a Ditadura Militar, transformando em arte o luto e a luta pela Liberdade. Alguns foram perseguidos e até presos. Mas nem o cárcere silenciou a voz, os versos e as palavras dos nossos artistas. Surgiram vários Movimentos de Resistência, dentro e fora das Universidades.
Desse tempo de lutas destacamos, o GRUPO SIN, fundado por Roberto Pontes, Pedro Lyra, Horácio Dídimo, Linhares Filho e Rogério Bessa; CLUBE DOS POETAS CEARENSES, REVISTA O SACO, NAÇÃO CARIRI; MOVIMENTO DE ARTE POPULAR DO PIRAMBU; PESSOAL DO CEARÁ; GRUPO CHOCALHO; GRUPO COMBOIO; GRUPO DE TEATRO GRITA e intelectuais e artistas, onde destacamos: Patativa do Assaré; José Alcides Pinto;  Oswaldo Barroso; Rosemberg Cariri; Dimas Macêdo; Barros Pinho; Batista de Lima; Stênio Freitas; Auriberto Cavalcante; Costa Senna; Mário Gomes; Costa Matos; Juarez Leitão; Guaracy Rodrigues; Manoel Coelho Raposo; Nilton Maciel; José Carlos Matos;José Jackson Coelho Sampaio; Omar Rocha; Graça Freitas; Diogo Fontenelle; Janice Shirley; Francisco Carvalho; Raimundo Cavalcante; Nirton Venâncio; Rogaciano Leite Filho; Ronaldo Cavalcante; Adriano Spínola; Gildemar Pontes; Carlos Emílio Corrêa Lima; Natalício Barroso Filho; Nilze Costa e Silva; Chico Leite; Franzé Rodrigues; Gilmar de Carvalho; Audifax Rios; Manoel César; Luciano Maia; Carlos Augusto Viana; Oscar Bezerra; Gabriel José da Costa; Roberto Matoso; Marisa Biasoli; Mano Alencar; Luciano Barreira; Laerte Magalhães; Regine Limaverde;  Eliezer Rodrigues; Airton Monte; Augusto Pontes; Fernando Néri; Braúlio Ramalho; Renato Saldanha e muitos outros.
 
 
OBJETIVOS GERAIS DO CONGRESSO
 

* Prestar uma homenagem aos escritores e poetas cearenses que sofreram  durante a Ditadura Militar a aqueles que lutaram contra o regime ditatorial;

* Discutir a participação de escritores brasileiros e especial cearense no processo político em         nosso país;

* Congregar o máximo de Escritores, Poetas e Leitores, que atuam nas mais diversas atividades liberais e partilhar as angústias e as esperanças comuns para publicar, editar e formar  novos Leitores críticos e conscientes;

* Além de congregar os que atuam no cenário das Letras, é preciso atrair Leitores e Editoras para se interessarem por autores novos, e também publiquem os veteranos;

*  Conhecer, Propor e Participar da elaboração das Políticas Públicas Culturais dos Governos: Federal, Estadual e Municipal;

*  Assegurar aos Escritores e Poetas a efetiva participação nos eventos Oficiais da Cultura no Ceará;

*  Exigir prioridades condizentes com a realidade da Cultura Cearense, antes de importar modelos culturais milionários do Primeiro Mundo;

*  Abrir " janelas " virtuais e reais para mostragem do Produto: " LITERATURA CEARENSE ";
 
 
 
NOVIDADE
 
Em 2014 a grande novidade será o CONGRESSINHO, dedicado para o público INFANTOJUVENIL, que acontecerá no domingo pela manhã, dia 27 de julho, com palestras e lançamentos de livros.
 
 GRUPO CHOCALHO


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