| Nota Oficial | 
                      10/02/2014 | 11:36 | 
                     
 
                      | FENAJ lamenta morte de repórter cinematográfico e cobra ação das autoridades | 
                     
 
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                      Atingido por uma bomba quando cobria um protesto 
contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro, o repórter 
cinematográfico da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, teve morte 
cerebral confirmada pela Secretaria de Saúde do município nesta 
segunda-feira (10). Ele cobria o confronto entre policiais e 
manifestantes na Central do Brasil, na última quinta-feira. Com o 
impacto da explosão de um rojão em sua cabeça, o profissional teve 
afundamento de crânio. Atendido no Hospital Souza Aguiar, foi submetido a
 uma cirurgia e resistiu em estado grave até o início da tarde de hoje. 
  
Profissional experiente e competente, Santiago Andrade trabalhava na 
Rede Bandeirantes há 10 anos, tendo em seu currículo dois prêmios 
Mobilidade Urbana por sua cobertura jornalística dos problemas no 
transporte público do Rio de Janeiro. Faleceu aos 49 anos, deixando 
esposa, filha e três enteados. 
  
Segundo o noticiário, a polícia prendeu um suspeito, o que ajudará a 
identificar o homem que acendeu o rojão. É preciso, no entanto, que não 
se tome este caso como justificativa para a repressão à liberdade de 
expressão e manifestação daqueles que protestam em atos pacíficos por 
legítimas reivindicações populares. Que puna-se os autores da agressão 
que tirou a vida de Santiago quando exercia sua profissão, não a 
sociedade por exigir das autoridades serviços públicos de qualidade e 
democracia. 
  
O Ministério Público do Trabalho (MPT)  já anunciou o objetivo de 
investigar porquê Santiago não usava equipamentos de proteção no momento
 do acidente. A Rede Bandeirantes deverá ser ouvida. 
  
Em nota oficial
 emitida no dia 7 de fevereiro, a FENAJ condenou a violência contra 
jornalistas, que cresce assustadoramente no país, e cobrou uma reunião 
com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, para tratar da questão.
 A Federação defende a adoção de um protocolo nacional que garanta aos 
jornalistas o direito à sua integridade e ao seu trabalho, a criação de 
um observatório nacional para acompanhar e fiscalizar crimes contra os 
profissionais de imprensa e a aprovação de uma lei que federalize a 
investigação dos crimes contra jornalistas. 
  
A entidade pede, também, uma reunião com o governador Sérgio Cabral 
Filho, para ampla apuração das responsabilidades pelo ato de violência 
que resultou na morte de Santiago Andrade. A FENAJ se solidariza com os 
parentes do profissional e seus colegas de redação neste momento de dor,
 se coloca à disposição para o que se fizer necessário e, mais uma vez, 
conclama a sociedade a se somar aos esforços da Federação e dos 
Sindicatos da categoria para dar um basta à violência que agride os 
jornalistas, o jornalismo e a democracia. 
  
Brasília, 10 de fevereiro de 2014. 
 
Diretoria da FENAJ 
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