sábado, 11 de janeiro de 2014

FORTALEZA TEM A MAIOR INFLAÇÃO

Baixa renda em 2013 11/01/2014

" Fortaleza tem maior inflação, segundo o IBGE "

" O INPC, que mede a inflação para famílias de baixa renda, fechou 2013 com alta de 5,56%, com impacto dos preços de alimentação (8,03%). Fortaleza (6,94%) registrou o maior resultado do País "
 
Janaína Marques janainamarques@opovo.com.br
 
" A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) registrou a maior inflação para famílias de baixa renda em 2013 no Brasil. O resultado é medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou em 6,94% no ano. Recife, com 6,93%, é a segunda maior alta. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e foram divulgados O índice nacional fechou o ano com alta de 5,56%.

O resultado, apesar de ser menor que o de 2012, sofreu o impacto da alta dos preços de produtos e serviços da Alimentação, que subiram 8,03% e tem peso representativo no orçamento das famílias.

Em Fortaleza e em Recife, o INPC foi pressionado pelo resultado do aluguel, que subiu, respectivamente, 15,40% e 17,28%. Alimentos e Bebidas também influenciou, com índice de 9,01% em Recife e 8,85% em Fortaleza. Ficaram mais caros ainda os custos com educação (8,01%), despesas pessoais (8,1%), saúde e cuidados pessoais (6,5%).

O economista Alex Araújo, diretor técnico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), ressalta que a alta da inflação, de uma maneira geral, se deve a uma combinação de fatores. “É um efeito colateral de várias medidas implantadas pelo Governo, como o aumento do salário mínimo ou o estímulo de geração de empregos”, analisa.

O economista Ricardo Coimbra ressalta que o Governo Federal se utiliza de medidas que pressionam o controle dos preços, tendo como parâmetro a ascensão social que potencializa o aumento da demanda e, consequentemente, a subida dos preços.

“No entanto, a inflação também é uma consequência da baixa produtividade, seja ela a agrícola ou a industrial. Daí, as medidas deveriam estimular o crescimento da produtividade, como outra forma também de conter a inflação”, analisa.

Araújo ratifica que existem problemas estruturais, que influenciam a balança produtiva de alimentos causando um desequilíbrio da demanda e da oferta. “No Ceará, os preços subiram bastante por causa da Seca. Parte dos alimentos são produzidos no Estado e, devido a baixa produtividade, isso acaba afetando os preços”, ressalta.

Sem controle
Coimbra lembra que o controle da inflação é algo que está sob responsabilidade do Ministério da Fazenda e do Banco Central, enquanto que o Estado rege as políticas públicas e de desenvolvimento produtivo e econômico local.
Já o diretor técnico da Fecomércio-CE pondera que, apesar do Governo Federal ter mais instrumentos para conter a inflação, o governo local aplica medidas que favorecem a subida dos preços e da inflação.

“O aumento do IPTU e do IPVA, pelo Estado, são medidas que vão na contramão da contenção inflacionária, pois as despesas aumentam e os preços dos produtos sobem. Além disso, o consumidor acaba perdendo a oportunidade de consumo, por haver mais gastos”, critica.

O INPC calcula a inflação para famílias com renda mensal de um a cinco salários mínimos em nove regiões metropolitanas, incluindo Brasília e Goiânia."

Serviço

Acompanhe a pesquisa do IBGE
Onde: http://bit.ly/1fkvYkV


FONTE:  JORNAL O POVO
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2014/01/11/noticiasjornaleconomia,3189095/fortaleza-tem-maior-inflacao-segundo-o-ibge.shtml

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