ABERTURA DO CONGRESSO
FOTO: DIVULGAÇÃO/UBE
CARTA DE PRINCÍPIOS DO ESCRITOR BRASILEIRO 2011
" A literatura, como todas as artes, perscruta a alma e o comportamento dos homens. Nós, escritores - que a produzimos- somos inevitavelmente (mas não podemos ser reduzido a) sujeitos de nossa circunstância e do nosso tempo. O nosso é um tempo para desfraldar bandeiras de defesa intransigente das virtudes republicanas, tais como o respeito à lei acima da vontade dos homens, ao bem público acima do interesse privado, à responsabilidade no exercício do poder, entendendo-o como serviço e não como privilégio.
Cabe a nós trabalharmos, junto a nossos pares, ao governo e à sociedade, para que a arte possa ser construída com liberdade e qualidade, de modo a constituir legado significativo para o futuro. .
A partir dessas considerações, os escritores brasileiros estabelecem, como princípios norteadores de Congresso Brasileiro de Escritores de 2011, as seguintes determinações:
1. propor e defender uma política cultural nacional, equilibrada, justa, democrática e aberta, da qual o Estado participe como facilitador, e não como mentor;
2. exigir do Estado defesa, incentivo e proteção de toda criação artística, defesa, incentivo e proteção que se expressam no respeito ao direito autoral , à liberdade de expressão e na ampla divulgação e publicidade;
3. propor como prioridade absoluta e defender intransigentemente a qualidade da educação no Brasil, exigindo do estado os investimentos necessários à qualificação e ao aprimoramento dos professores, e à manutenção de escolas e equipamentos;
4. exigir a extinção de privilégios no fomento à produção artística, pela reestruturação do Fundo Nacional de Cultura, de modo que este receba recursos originados de imposto de renda devido pelas empresas, recursos que serão destinados a projetos aprovados por um conselho superior, composto de membros indicados por organizações da sociedade civil, encarregado da análise de projetos financiados por leis de incentivos;
5. exigir, dos meios de comunicação, concessionários que são, atenção à produção artística nacional e às demandas dos produtores artísticos nacionais, por meio da instalação de um Conselho Nacional de Comunicação que tenha maioria de membros indicados por organizações da sociedade civil;
6. exigir, dos poderes públicos, que, independentemente de ideologia, dê divulgação à produção artística nacional, nos equipamentos que fazem parte do seu complexo de comunicação.
7. propor, para a produção literária e artística nacional, atenção aos preceitos de desenvolvimento cultural de um país: educação, cidadania, democracia, igualdade, liberdade, diversidade, direitos humanos e preservação do acervo e do patrimônio cultural, estético, artístico e ecológico do país;
8. propor, junto a representantes do poder legislativo e/ou executivo, demandas para serem consolidadas em instrumentos legais de proteção ou defesa dos direitos dos escritores.
Ribeirão Preto, 15 de novembro, dia da República
-------------------------------------------------------------
" Frei Betto entrega Juca Pato a Aziz Ab'Saber "
FOTO: DIVULGAÇÃO/UBE
" O professor Aziz Ab’Saber recebeu ontem, 15, o Troféu Juca Pato – Prêmio Intelectual do Ano no encerramento do Congresso Brasileiro de Escritores "
" O professor, geógrafo e ambientalista Aziz Ab’Saber recebeu ontem, 15, o Troféu Juca Pato –Prêmio Intelectual do Ano - em cerimônia que marcou o encerramento do Congresso Brasileiro de Escritores no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto. O troféu foi entregue por Frei Betto, ele mesmo laureado em 1985, por coincidência última edição do congresso, resgatado neste ano pela União Brasileira de Escritores (UBE). O Prêmio Intelectual do Ano é concedido a personalidade, escritor ou não, que tenha publicado no ano anterior obra de relevância para a conjuntura política e econômica do país.
Durante três dias, 500 escritores de todo o país debateram políticas públicas, direito autoral, relações autor/editor e cobraram do governo federal mudanças na administração das leis de incentivo cultural. A ministra Anna de Hollanda foi representada pelo presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim.
Passaram pelas dependências do Uniseb/COC, local do encontro, autores e editores de destaque da literatura brasileira, como Fernando Morais, Audálio Dantas, José Nêumanne Pinto, Alaor Barbosa, Menalton Braff, Quartim de Moraes, Renata Pallottini, Pedro Bandeira, Betty Millan, Karine Pansa, José Castilho, Fabiano Piúba e o português Luis Serguilha.
No último dia, as palestras de Frei Betto (Os escritores e as ditaduras) e de Affonso Romano de Sant’Anna (Ler o Mundo: um desafio) polarizaram as atenções combinando o tema com suas vivências pessoais como personagens do recente cenário político/cultural do país.
O próximo congresso, em 2013, já está na pauta da UBE e poderá ser em Salvador, que já manifestou interesse em sediar o evento, segundo o presidente Joaquim Maria Botelho. “Precisamos fazer um evento ainda melhor do que esse porque em 2013 o Brasil será o país homenageado na tradicional Feira de Frankfurt”."
FONTE: SITE DA UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES
http://www.ube.org.br/noticias-detalhe.asp?ID=433
Nenhum comentário:
Postar um comentário