sábado, 24 de setembro de 2011

POESIA CEARENSE: 30 ANOS DE POESIA DO AURIBERTO CAVALCANTE

EM 1999, NO CENTRO CULTURAL
DRAGÃO DO MAR, AURIBERTO
CAVALCANTE LANÇA " BERROS ".
VEJA A CAPA DO LIVRO:


FOI BEM RECEBIDO PELA
 CRÍTICA E PELOS LEITORES.
VEJA O QUE DISSE O ESCRITOR
DIMAS MACÊDO:


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VEJA O QUE DISSE
O GRANDE POETA
FRANCISCO DE CARVALHO
EM ARTIGO PARA O
" BADALO ", JORNAL
DO GRUPO CHOCALHO:


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POESIAS DO LIVRO
" BERROS "





SAINDO DO PORÃO




As algema enferrrujadas

Se quebrarão

As mordaças podres

Se rasgarão

Todas as vozes

Se erguirão

O povo

Sairá

Do

Porão.


AURIBERTO CAVALCANTE








HEREDITARIEDADE



O feto bailava

No útero de ouro

Da mulher rica.



Outro feto

Jazia

No útero de fome

Da mulher pobre.


AURIBERTO CAVALCANTE





PRISÃO


Nas mãos

Do agiota

Jaz um

Idiota.


AURIBERTO CAVALCANTE








DECISÃO



Enquanto

no meu país

existir

fome

desemprego

homens sem terras

corrupção

exploração do homem

pelo homem

meu poema

será de combate

cada verso guerrilheiro

empunhará na consciência

do meu povo

o fuzil

da resistência

a bandeira da liberdade.



AURIBERTO CAVALCANTE





GRAVIDEZ


UM toque íntimo de amor;

DOIS corpos unidos;

TRÊS almas ansiosas;

QUATRO braços amantes;

CINCO quilos mais gorda;

SEIS desejos incontroláveis;

SETE noites decisivas;

OITO horas regressivas;

NOVE meses, NOVA VIDA.



AURIBERTO CAVALCANTE


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