PELA PAZ !
" O MOVIMENTO CEARÁ DE PAZ foi criado pelo espírito empre-endedor de Dom Edmilson da Cruz, que sensível às carências da população, ante a deficiência de nossos poderes constituídos, foi buscar na indignação de duas profissionais que também militam na área da comunicação, Drªs. Erotilde e Fátima Vilanova, a inspiração para articular o Movimento em favor da paz.
Havia chegado o momento de se tornar concreto, um movimento por maior harmonia entre as pessoas. E tal se deu na tarde de domingo, do dia 15.04.2007, no Seminário da Prainha. Foi o lançamento de uma semente que caiu em solo fértil, pois tem se fortalecido a cada reunião.
Temos contado com a simpatia de novos adeptos e notem que nos reunimos no último domingo de cada mês, num horário pouco confortável, das 14:00 às 17:00h, momento propício mais para um merecido repouso ou assistir aquele futebol. No entanto, a frequência e a receptividade têm sido muito boas.
Desde a fundação do Movimento até o final do ano de 2010, contamos com a presença sempre muito gratificante e o apoio do então Sr. Secretário de Segurança do Estado, Dr. Roberto Monteiro, que foi de uma parceria muito significativa, contribuindo com suas atitudes exemplares, sugestões e providências.
É um movimento simples, sem ostentação, sem recursos finan-ceiros: Dom Edmilson costuma dizer: “não temos água nem cafezinho”. Sem burocracia, onde todos têm voz, onde não se querer inventar a roda, onde o básico é a busca de soluções, para uma sociedade, irrequieta, vulnerável, com violência, que não descobriu ainda o lado bom da solidariedade, o caminho da fraternidade, a via do companheirismo, que com certeza nos permitirão a construção dessa paz que tanto buscamos.
De início, passamos 09 meses, uma gestação, no seminário da Prainha, buscando se estruturar e nesse período se elegeu uma comunidade vulnerável, para se desenhar um modelo, elaborar um piloto, que servisse de ajuda e cujos resultados seriam levados aos demais bairros de Fortaleza. O Tancredo Neves, tido como um dos mais problemáticos, pelos inúmeros incidentes de falta de paz, que ali têm acontecido, foi o escolhido e as primeiras reuniões foram voltadas para essa finalidade.
Nas várias reuniões, entre outras atividades, levantou-se ações preventivas e emergenciais do enfrentamento da violência no Estado do Ceará; Incentivar a regulamentação do funcionamento de bares e restaurantes (restrição da venda de bebidas alcoólicas), proposta apresentada pelo vereador José Maria Pontes; numa das oportunidades, o Pe. Ermano Allegri e lideranças comunitárias apresentaram as carências e poten-cialidades do Bairro de Tancredo Neves; Foi apresentado também o programa do CrediAmigo do BNB e Programas de inclusão do SENAC, o programa de Escola Aberta, tudo como probabilidades de soluções;
uma equipe multidisciplinar da Secretaria Executiva Regional VI, fez uma apresentação do Centro de Atenção Psicossocial - CAPs, daquela Regional, enfocando o trabalho, notadamente com os dependentes químicos; Por fim, nesse estágio de formação, o então Ombudsman de O Povo, Plínio Bortolotti, nos brindou com uma palestra sobre o tema: “Mídia e Violência”.
A partir da 10ª reunião, no dia 24.02.2008, passamos a fazer as reuniões nos diversos bairros de Fortaleza, atendendo sempre ao convite de uma liderança pre-sente.Nesse dia o local escolhido foi o bairro do Tancredo Neves, onde o Dr. Arimá Rocha titular da Guarda Municipal, falasse a todos sobre o programa, ainda em projeto, denominado Pronasci.
Temos visitado inúmeros bairros da periferia de Fortaleza e até Mara-canaú, fomos também a Pacoti, a pedido do vigário daquela cidade. Já foram, até 27.03.2011, 44 reuniões, todas riquíssimas de depoimentos, algumas soluções.
O Movimento Ceará de Paz quer ser uma ajuda às comunidades, um farol e não resolver por elas os seus problemas. Tem como lema: ensinar a pescar e nunca dar o peixe! Pretende que todas as comunidades se unam, levantem os seus problemas e busquem as soluções possíveis e então entra com a sua colaboração. O Movimento Ceará de Paz conta com a parceria de um outro movimento, seu irmão gêmeo, o Movimento de Articulação Popular – MAP, que tem à frente o Sr. Zequinha do Pirambu. Na coordenação do MCP, se encontra a Drª Erotilde Honório, médica, jornalista. Membro do Movimento se acha a Drª. Graça Quental da Vara de Penas Alternativas, que muito contribui para o bom andamento das ações do Movi-mento.
Ex-Coordenadora do MCP, con-tamos com a participação efetiva da Drª Fátima Vilanova, Socióloga e professora da UECE.
Cada vez, o Movimento aprende mais e vai se adaptando às novas necessidades, assim é que tem buscado influir na união das entidades comunitárias de cada local visitado, para que possam fazer estas um trabalho com-partilhado. Há, também, uma preocupação de deixar em cada comunidade um elo de ligação: comunidade visitada e o MCP.
Temos sentido a grande esperança que muitos depositam no Mo-vimento e isso é sério e nos imprime grande responsabilidade, mas somos uma entidade que veio para somar, não para tomar o lugar de qualquer outra entidade ou movimento, que seja. "
Agnor Gurgel.
Fortaleza, 14 de abril de 2011.
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