terça-feira, 14 de dezembro de 2010
POESIA CEARENSE: AURIBERTO CAVALCANTE
MANJEDOURA INDUSTRIAL
Os sinos mumificados
não badalam mais
só resta a exploração
capitalista
os sinos mumificados
não badalam mais
só resta a guerra
o enriquecimento
das multinacionais
regado
com
o suor
do operário
semivivo
seminu
semimorto
na manjedoura industrial
produzindo
o
consumo
de mais um Natal.
AURIBERTO CAVALCANTE
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