segunda-feira, 8 de novembro de 2010

" CONTROLE SOCIAL DA MÍDIA É O NOVO NOME DA CENSURA "





''Brasil pode controlar mídia''



" Embalada pela vitória de Dilma Rousseff (PT) e apoiada na maioria governista na próxima Legislatura, a esquerda brasileira detém agora poder para concretizar as ameaças à liberdade de expressão embutidas no conceito de controle social da mídia promovidos pelo governo Lula.

A avaliação consta do informe da representação brasileira na SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) apresentado ontem em Mérida, no México, durante sua 66ª assembleia geral.

O documento foi exposto ante a Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação, que revisa anualmente as ameaças ao livre exercício do jornalismo nas Américas. A comissão também recebeu ontem pareceres sobre Venezuela, Argentina, Equador e Bolívia, entre outros. Teça, a organização, que reúne 1.300 jornais e meios de comunicação do continente, aprovará documento com relatórios por país.

O informe preparado pelo representante do Brasil na SIP, Sidnei Basile, do Grupo Abril, afirma que o conceito de “controle social da mídia’’ “é o novo nome da censura’’.

“Embalada pelo continuísmo e por maioria tanto na Câmara como no Senado, a esquerda brasileira detém os instrumentos para concretizar as ameaças embutidas no Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) e nas conclusões pela Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) que o governo federal promoveu no ano passado’’, diz o texto.

O texto critica a criação do Conselho Estadual de Comunicação Social no Ceará, pendente de sanção pelo governador Cid Gomes (PSB). O conselho visa “orientar’’, “fiscalizar’’, “monitorar’’ e “produzir relatórios’’ sobre atividades de meios de comunicação.

Outro ponto problemático é a iniciativa do governo de revisar o marco regulatório de radiodifusão. Sob essa justificativa, diz o informe, “as autoridades federais tentam cancelar licenças de radiodifusão, como aconteceu em outros países.

O passo seguinte será o de incluir medidas restritivas à liberdade de expressão e ao direito à informação. "


(da Folhapress)

 
FONTE: JORNAL O POVO
http://www.opovo.com.br/app/opovo/24-horas/2010/11/08/noticia24horasjornal,2061560/brasil-pode-controlar-midia.shtml

2 comentários:

  1. No tocante a mídia brasileira quero destacar um ponto importante:

    Em geral as grandes redes de TV, rádio e imprensa brasileiras são elitistas e conservadoras. Dessa forma existe uma grande reação desses grupos empresariais a qualquer tentativa de fiscalização a respeito de suas atividades.

    Pode ser que isso seja resultado da política neoliberalista dos governos anteriores ao atual. Entretanto deve-se perceber o grau em que nossos comerciais por exemplo se encontram.

    http://www.youtube.com/watch?v=dX-ND0G8PRU

    No vídeo acima percebemos o quento os comerciais voltados ao público infantil são perigosos. As crianças são focadas de tal maneira que não há solução para usas vontades.

    Em países como Alemanha e Suiça, por exemplo, esses comerciais são barrados pelo Estado! Devemos sim fiscalizar sem romper com a liberdade de expressão.

    Se essa liberdade atingir a população deve sim ser barrada.

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  2. Também concordo que deve haver o controle social da mídia. Aliás, os empresários da comunicação é que chamam isso de censura. Mais uma mentira, que visa somente manter os privilégios desses empresários. Censura? Olha só quem fala de censura? A mídia.
    A sociedade soube através dos jornais, rádios e TVs, que a discussão sobre a exigência ou não do diploma de jornalismo foi travada por mais de dois anos nos diversos fóruns da justiça? Não! Só soube do assunto quando o STF tomou a decisão favorável à empresas de comunicação. A sociedade, por conta de uma escolha da mídia, que não touxe o debate à luz, ficou de fora dessa discussão. Isso não é censura?
    Quanto ao controle social, que hoje eles rotulam de "censura". A sociedade soube, através dos meios de comunicção, que essa é uma proposta da Conferência Nacional de Comunicação? Conferência esta que teve fóruns municipais e estaduais, com ampla participação da sociedade civil organizada (sindicatos, igreja, associações de classe, associações de moradores, ONGs, etc). Dessas conferências foram convidados a participar, e SE NEGARAM AO DEBATE, os empresários da comunicação. Também em seus noticiários, nada foi falado sobre como se chegou à Conferência Nacional de Comunicação e sobre a participação da sociedade nas decisões que dela sairam, tais como O CONTROLE SOCIAL DA MÍDIA.
    CONTROLE SOCIAL NÃO É CENSURA. É participação da sociedade na fiscalização do que se faz na exploração de um serviço que à própria sociedade pertence. Canais de rádio e TV, embora sejam vistas no Brasil (até hoje) como empresas privadas, não são. A exploração desses serviços, que na verdade se configuram como CONCESSÕES PÚBLICAS, devem ser, por natureza e prioritariamente, de interesse social e menos comercial. Cabe a nós, que verdadeiramente seríamos os donos das ortogas de concessão pública, fiscalizar e orientar esses serviços.
    É isso que se propõe quando se fala em CONTROLE SOCIAL DA MÍDIA. Não se trata de censura nenhuma. Censura é o que fizeram neste país nas últimas eleições, onde jornalistas foram demitidos de redações ao se negarem escrever o que interessava aos seus patrões e os pares políticos desses patrões.
    Vamos ficar atentos professor. Não vamos cair em mais uma mentira da Grande Mídia. Aliás, quanto a isso, pode se perceber pelo resultado das eleições de 2006, tanto quanto agora, que a mídia foi derrotada e que o povo não está mais se enganando tão facilmente.

    Abraço,
    Marcelo Santos

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