ELEIÇÕES 2010,
COMPRA DE VOTOS:
" Até os vitoriosos estão reclamando."
" Fernando Hugo é um dos que reclamaram muito da compra de votos na última campanha eleitoral."
FOTO: RODRIGO CARVALHO - DIÁRIO DO NORDESTE
" No primeiro dia de sessão na Assembleia, o tema único foi a campanha eleitoral encerrada no domingo."
" Após duas semanas de recesso branco, a Assembleia Legislativa realizou, ontem, o primeiro dia de sessão ordinária após as eleições. Na tribuna, além de agradecimentos e elogios, os deputados reclamaram sobre os gastos milionários nas campanhas deste ano por parte de alguns e as candidaturas de pessoas que ainda respondem a processos na Justiça, alcançados pela Lei do Ficha Limpa.
O primeiro a usar a tribuna foi o deputado reeleito Fernando Hugo (PSDB), que cobrou do Congresso Nacional a realização da "reforma política". "Não pode mais continuar o processo político dessa forma, uma colcha de retalhos costurados", disse o tucano referindo-se aos ajustes feitos na atual legislação eleitoral.
O parlamentar ainda disse que vários municípios foram "coberto de obras" para facilitar eleições de candidatos e, sem citar nomes, falou que "campanhas milionárias" marcaram o processo eleitoral deste ano. Apesar disso, segundo ele, depois do pleito a prestação de contas é apresentada "recheada de hipocrisia".
Quem também tratou do assunto foi o deputado Artur Bruno (PT). Ele foi eleito para uma vaga na Câmara Federal e, ontem, garantiu que uma de suas prioridades ao chegar no Congresso Nacional será a defesa da reforma política, tema que o petista tem defendido durante os últimos anos na Assembleia.
Bruno disse que é preciso "aperfeiçoar" a legislação eleitoral porque no País, segundo ele, existe um "excesso de poder econômico no processo eleitoral". Todavia, para o petista, "do ponto de vista político", o Brasil vive uma democracia por conta da maioria das regras em relação aos pleitos.
Cargos
Já o deputado Ely Aguiar (PSDC), também reeleito para o cargo, foi à tribuna e fez um apelo para que os candidatos tidos como ficha suja nas eleições deste ano sejam mantidos fora de cargos para os quais possam ter sido escolhidos no último domingo.
Em todo o País, alguns postulantes ainda estão com processos em análises na Justiça Eleitoral, mas tiveram seus nomes nas urnas. Muitos receberam votos suficientes para assumirem os cargos que disputaram, no entanto, até agora, esses sufrágios não foram considerados válidos pela Justiça Eleitoral.
O parlamentar afirmou que as casas legislativas do Brasil precisam ser compostas por homens de boa conduta e, por isso, "é inadmissível que esses homens determinem que os ficha suja assumam cadeiras no Parlamento". "Quero concluir fazendo um apelo pedindo ao Supremo Tribunal que cumpra a regra do jogo e não deixem entrar aqueles fichas sujas", protestou.
Para o deputado reeleito, Moésio Loiola (PSDB), os candidatos envolvidos em problemas relacionados à Lei da Ficha Limpa deveriam ter tido seus processos votados pelo Tribunal Eleitoral antes do pleito, para que os eleitores que escolheram esses postulantes não saiam "frustrados" por ver que o candidato poderá não assumir.
Ideias
O deputado estadual Tomás Figueiredo (PSDB) também fez críticas à disputa eleitoral no Ceará, em que Cid Gomes (PSB) foi reeleito no primeiro turno, mas se disse satisfeito porque haverá nova etapa para a decisão sobre a Presidência, com os candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).
No entanto, ele chamou de "prepotente" e "arrogante" a disputa pela Presidência por conta do "clima de já ganhou" que ele diz ter se instalado entre os apoiadores de Dilma. "O poder econômico se fez vingar mais que as ideias e as convicções partidárias, mas vejo agora novo passo (segundo turno)"."
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=863293
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