sexta-feira, 12 de março de 2010

TITANZINHO: INACE , ESTALEIRO CEARENSE, PODE SER OPÇÃO


Negócios
INDÚSTRIA NAVAL

"Vereadores buscam informações na Inace.
Grupo de vereadores de Fortaleza conheceu ontem, na Inace, o funcionamento e o cotidiano de um estaleiro..."
FOTO: MIGUEL PORTELA/DN
12/3/2010


" A visita foi uma iniciativa do vereador Wellington Sabóia e teve por objetivo conhecer a realidade do setor..."

Grupo de oito vereadores de Fortaleza - sete dos quais contrários à construção do Estaleiro Promar Ceará, na Praia do Titanzinho, e um ainda com posição indefinida - visitou na tarde de ontem, as instalações da Indústria Naval do Ceará (Inace). Recebidos pelo diretor presidente da Inace, o industrial Antônio Gil Fernandes Bezerra, os parlamentares foram em busca de conhecer o funcionamento e os impactos gerados por uma empresa naval e colher opiniões sobre alternativas de localização do empreendimento.

Há mais de 40 anos à frente da indústria naval no Estado, Gil Bezerra fez, inicialmente, um retrato do setor no País, respondeu, uma a uma, as perguntas dos vereadores e falou dos prós e contras da instalação de um estaleiro no Serviluz.

Para ele, sob o aspecto da profundidade, a Praia do Titanzinho não é a única disponível no Estado, à construção de navios gaseiros do porte dos licitados pela Transpetro, de cerca de 2,5 mil toneladas, mas a mais viável para a expansão do estaleiro. Ele citou a Praia do Pirambu e o Porto do Pecém, mas descartou ambos, por gerarem problemas políticos e urbanos no primeiro e elevados custos na segunda opção.

Conforme explicou, uma área abrigada com cerca de 30 hectares e com profundidade de cinco a oito metros, a exemplo do que conta a Inace, é suficiente para a instalação de um estaleiro para construção de navios gaseiros de médio porte. "Qualquer lugar no Ceará, com um quebra-mar de um quilômetro, atinge-se a profundidade de sete metros, suficiente para instalação do Estaleiro", respondeu.

Ele ressaltou, no entanto, que o interesse dos empreendedores não está apenas nos gaseiros, mas na construção de grandes navios plataformas, denominadas FPSO, cujo preço gira em torno de US$ 1 bilhão. "Só os gaseiros não pagam o investimento anunciado de US$ 100 milhões", disse Gil Bezerra, informando que cada navio desse tipo custa ao construtor, cerca de US$ 60 milhões e são vendidos, por US$ 80 milhões. "O retorno do investimento vai depender do preço do terreno onde for instalado", informou.

Impactos

Além de barulho à vizinhança do estaleiro, o empresário descartou demais impactos ambientais, mas disse que "a praia da Tita (Tavares) terá de ser aterrada" e que o empreendimento inviabiliza a expansão futura do Porto do Mucuripe. Em compensação, ele destacou a geração de empregos, o ingresso de novas tecnologias e o crescimento econômico do Estado como fatores positivos do empreendimento. "Um estaleiro é um centro de formação tecnológica", frisou, após mostrar todas as instalações da Inace aos visitantes."


CARLOS EUGÊNIO
REPÓRTER

LEIA NO DIÁRIO DO NORDESTE
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=749765

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