sábado, 6 de fevereiro de 2010

POESIA CEARENSE: BARROS ALVES


BARROS ALVES


A UM MENDIGO


Hoje eu senti a dor que abrasa os entes
Exposta em face exangue e mui sofrida;
Eu vi a dor que dilacera a vida,
Olhar de angústia, magras mãos trementes.


Vi de perto a miséria dos viventes
Sem pão, sem teto; alma combalida
A transportar a vida mal vivida
Dos desgraçados. Miseráveis gentes !


Acercou-se de mim. Pobre mendigo !
Mão estendida, triste olhar pedinte
Como se nem mais Deus lhe fosse ouvinte.


Desventurada voz ! Eu não consigo
Esquecê-la jamais. Voz que consome:
- Uma esmola, senhor, pois tenho fome...


BARROS ALVES
IN: " BADALO " - REVISTA DO GRUPO CHOCALHO
EDIÇÃO ESPECIAL EM COMEMORAÇÃO AOS 25 ANOS DO GRUPO CHOCALHO

CONHEÇA MAIS UM POUCO SOBRE O POETA BARROS ALVES:

Poeta, Escritor, Jornalista, Membro da Academia de Retórica do Ceará.
Cordelista e Membro do Grupo Chocalho.

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