segunda-feira, 26 de outubro de 2009

POESIA CEARENSE: STÊNIO FREITAS

AURIBERTO E STÊNIO FREITAS RECEBENDO HOMENAGEM NO DIA DO ESCRITOR

DOIS POEMAS DE STÊNIO FREITAS
GRANDE POETA CHOCALHEIRO


SILÊNCIO

Quando me disseram
que a metrópole era carta aberta,
não falaram dos pontos de interrogação
empanturrando os trens suburbanos;

do medo interjeitivo
nas fábricas;

do ponto final
que se joga em desespero
do alto das construções;

das reticências espalhadas nas ruas...
feito bichos
a quem cortaram as pernas e a língua.

STÊNIO FREITAS
DO LIVRO: " REVOLUÇÃO DOS ÓBITOS "
PÁG. 59

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SILÊNCIO II



Quando chegaram reforços da consciência
e a palavra foi posta em nossas mãos,
em fogo,
já nossas mulheres haviam parido
nas trincheiras.
Daí, tivemos que largar as armas
e alimentar o rebento
com nosso suor e silêncio.


STÊNIO FREITAS
DO LIVRO: " REVOLUÇÃO DOS ÓBITOS "
PÁG. 60

Um comentário:

  1. Sou cearense , moro em Brasilia há 29 anos,sou artista plastica e comecei a caminhar na litertura.Parabéns pelo espaço.Abraços

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